quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Raíz

Não me tirem as guitarras,
os fadistas de olhos fechados,
os corações apertados...!
Não me apaguem as gambiarras!

Não me roubem os vinhais,
As paisagens do Alentejo,
O mar, os barcos, o Tejo,
O verde dos densos pinhais!

Não queiram que aprenda a viver
sem o cheiro deste país...
Minha Pátria, minha Raíz,
Que há-de, um dia, ver-me morrer.


Mariana Reis

Amor aos folhos

Eu, que tenho ainda mais sonhos
do que folhos no meu vestido,
Passo as horas num desatino,
e as noites, a sonhar contigo.

E, nos meus sonhos, os beijos
que me dás, são como os folhos,
que eu adoro e que me enchem
de brilho estes tontos olhos.


Mariana Reis