São escuros, os olhos de Julieta
São olhos de quem já tudo encontrou
São raros, são da cor das violetas
Só olham para aquilo que já passou
E se estes olhos um dia falassem
diriam que não vê quem nunca amou.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Passa a noiva, com a sua nevada sombra
A arrastar um véu de manchas e farrapos
E o vestido, que é feito só de trapos
Traz na fronte um brilho cego, que ensombra
Quem a vê pairar de noite, entre os ciprestes,
Não diz nada, fica preso ao seu encanto
Porque ela foi enterrada ainda de branco
Porque aquelas são para sempre as suas vestes.
(Mariana Reis)
A arrastar um véu de manchas e farrapos
E o vestido, que é feito só de trapos
Traz na fronte um brilho cego, que ensombra
Quem a vê pairar de noite, entre os ciprestes,
Não diz nada, fica preso ao seu encanto
Porque ela foi enterrada ainda de branco
Porque aquelas são para sempre as suas vestes.
(Mariana Reis)
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