sábado, 5 de fevereiro de 2011

Campo-santo

Eu ontem observei-te, tu choravas
ao lado de um jazigo abandonado
Enrubesceste a face, envergonhado,
e disseste que já não me odiavas.

Andei atrás de ti, p'lo campo-santo,
à sombra dos ciprestes aguçados,
e vi o esquife de dois namorados,
enquanto ouvia ao longe esse teu pranto.

Que triste deve ser amar na morte!
E sempre adormecer enregelado
pelas pedras da tumba, entregue à sorte
de um barranco de terra apertado!


Mariana Reis

3 comentários:

  1. eu gosto dos teus textos mari, por mim eu teria um livro teu em minah estante, verdade.

    ResponderEliminar
  2. Fico sem jeito quando dizes essas coisas, Alex...! Era uma grande honra, para mim, que tivesses um livro meu na tua estante, acredita :)

    ResponderEliminar
  3. entao quer dizer que no futuro sairah um livro teu!? ...eh o q eu espero! :]

    ResponderEliminar