quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Passa a noiva, com a sua nevada sombra
A arrastar um véu de manchas e farrapos
E o vestido, que é feito só de trapos
Traz na fronte um brilho cego, que ensombra

Quem a vê pairar de noite, entre os ciprestes,
Não diz nada, fica preso ao seu encanto
Porque ela foi enterrada ainda de branco
Porque aquelas são para sempre as suas vestes.


(Mariana Reis)

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